quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Beth & Marina - Capítulo 2

Ah! Assim que deixou a cidade e pegou a estrada, Beth sentiu aquela emoção. Melhor que uma viagem na estrada, é uma viagem na estrada com trilha sonora! De pop ao rock, de country à MPB. Abriu a janela e ficou sentindo o vento a soprar sua cara. Após alguns minutos, cansou. Foi enviar um SMS para Lu. Já estava sentindo saudade. Tendo se passado muitas paisagens e mensagens com Lu, chegaram à um pequeno povoado. Havia várias crianças brincando com uma bola e um velho cachorro deitado à sombra de uma imensa árvore folhosa. O pai de Beth estava meio perdido, andando lentamente com o carro, observando atentamente todas as casas.
- Querido, não é melhor parar e pedir informação? - disse a mãe.
- Não querida, eu sei muito bem onde estamos.
Depois de várias voltas no mesmo lugar e becos sem saída, o pai desistiu.
- Eu disse que era melhor parar e pedir. - resmungou a mãe de Beth. - Pare aí onde aquela moça está!
E apontava para uma simpática donzela com longos cabelos ruivos e cacheados, que aparentava ter uns 23 anos. Estava vestida em um belo vestido florido. Um olhar de princesa que encantava qualquer um.
- Bom dia, você poderia nos informar onde fica a rua São Pedro?
- Mas é claro! Moro lá! Me sigam!
- Oh, entre no carro, você vai nos indicando.
Primeiramente olhou estranho, mas aceitou e subiu no carro com toda a sua doçura.
Sentou-se no banco traseiro, do lado de Beth. Beth estava muito encantada com aquilo tudo, até que a moça se virou e olhou para ela. Um olhar doce e fatal. Assim que percebeu, Beth virou e ficou fingindo que admirava a paisagem. E agora? O que seria aquilo? Feitiço? Tentou se acalmar, afinal uma pessoa daquelas provocaria isto em qualquer um.
Em menos de 3 minutos, chegaram à tal rua da casa da avó. A moça agradeceu, os pais de Beth retribuíram, ela esboçou um sorriso e se foi, com o vento soprando ao seu vestido e cabelo. Beth ainda estava em transe, quando a mãe dela falou:
- Bem simpática ela, não é, Roberto?
- Sim, sim. - respondeu Roberto sem jeito.
- Elisabeth, querida, você deveria se enturmar com ela e começar uma amizade.
- Aff mãe! - E fechou a cara.
Tocaram a campainha e velha senhora veio atender, apressada.
- Mamãããeeeeee! - gritou o pai de Beth. Deu um forte abraço na senhora e pediu a benção. Em seguida, Beth também pediu a benção e deu um abraço. A mãe de Beth apenas cumprimentou.
- Minha nossa, como você cresceu, Beth! Faz anos que não lhe vejo, dá aqui um outro abraço! Vamos entrando, meu povo, a casa é de vocês - e acomodou todos na sala de estar.
A casa da avó de Beth era deslumbrante! Arrumada, cheia de objetos de porcelana, um enorme lustre na sala de jantar e uma longa escada em caracol que levava aos quartos. A senhora serviu um cafezinho e puxou conversa. Tinham muitas coisas a pôr em dia.

Capítulo 3

Nenhum comentário:

Postar um comentário