domingo, 7 de agosto de 2011

Beth & Marina - Capítulo 3

No meio da conversa, a campainha tocou. Maria, a empregada da casa, foi atender.
- Bom dia, Maria! Será que poderia me emprestar um pouco de farinha de trigo? Acabou lá em casa e a venda do seu Zé está fechada.
Beth gelou. Ela já conhecia aquela voz doce e meiga.
Maria, que tinha direito de tudo na casa em troca de serviços domésticos, sorriu e falou:
- Claro Má, entra aqui e espera um pouquinho que já vou ali na cozinha buscar.
- Muito obrigada Maria, aqui está o pote - e estendeu a mão, entregando um pequeno pote ilustrado com flores. - Bom dia, gente!
- Bom dia! - responderam todos.
Dona Dalila, a mãe de Roberto, levantou-se e foi apresentar a jovem que acabara de entrar.
- Pessoal, esta aqui é Marina, filha da minha vizinha. Uma ótima garota, está sempre disposta a ajudar. Hoje, está fazendo 16 anos.
- Verdade, Marina?
- Sim, a propósito, vim pedir um pouco de farinha de trigo para minha mãe fazer um bolo e alguns salgadinhos. Dona Dalila, espero não incomodar a senhora por isso.
- Claro que não, querida! Não conhece minha cozinha? Tenho um depósito repleto de ingredientes lá, deve haver muitos sacos de farinha de trigo. Nada fará diferença, pode levar o quanto quiser! Aliás, como anda os docinhos? Pode pegar açúcar! Aliás, melhor que isso, nós vamos te ajudar a preparar e modelar! Todo mundo concorda?
- Ah, perdão, mas estou com dor de cabeça. Preciso mesmo é repousar! - disse a mãe de Beth.
- Acho que estou indo reparar uns problemas no carro e rever os velhos parentes na vizinhança. - desculpou o pai, fugindo da situação. - A Elisabeth vai com vocês, não se preocupem!
Sobrou para a Beth. E ela não tinha mesmo nenhuma desculpazinha sequer. Fazer o que, né, o jeito era ir. Ela odiava estas coisas de meter a mão na massa ou na terra, considerava coisa de caipira. Pelo menos iria ter uma chance de conhecer melhor essa tal Marina, e era a única coisa que importava no momento.
Maria chegou com o pote vazio; 3kg de farinha de trigo e 2kg de açúcar.
- Ouvi a conversa e queria ajudar também. Vamos, meninas!
Marina sorriu, mas não comentou nada. Saíram as quatro em direção à casa de Marina.

Capítulo 4

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